what the heck does it mean?

The jump of the kangaroo é minha versão aussie pro "the jump of the cat". Malandragem carioca com sotaque australiano. Um mix que surgiu num momento quando, ainda moradora da Terra do Tio Sam, explicava alguma coisa - nao lembro o que - pro meu marido e sem querer, o "kangaroo" entrou no lugar do "cat" - talvez por eu estar impregnada de Australia...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

he is 9!


Agora, baby Nick tem do lado de fora da barriga o mesmo tempo que teve do lado de dentro. São nove meses!

Nosso pequenininho tá esperto que só vendo. Mexe em tudo. Quando é de seu interesse, engatinha - especialmente se eu estiver com a porta da geladeria aberta, quando ele dispara em direção à luz :)
Entretanto, não é muito dado a arte de engatinhar, não, acha muito mais divertido andar segurando nos móveis.

Ontem, enquanto eu preparava sua comidinha, ele engatinhou um pedacinho até a bancada da cozinha, firmou-se nela pra levantar e seguiu dando seus passinhos, cada vez mais confiantes, até alcançar minhas pernas, onde, se colocando entre elas, se agarrou, olhou pra cima e começou a gargalhar uma garglhadinha de satisfação, de quem alcançou seu objetivo. Coisa mais fofa.

E como come esse menino! Banana, se deixar come meia-dúzia (das grandes!). Comidinha, adora o que a gente come, mas não tá muito fã de baby food, não. Papinha de legumes não tá com nada, ele quer mesmo é mastigar, colocar seus 4 serrotinhos pra funcionar. Tá certo.

A coisa mais lindinha é vê-lo interagir com o Vivi. Os dois se amam, isso é nítido. Apesar da diferenca de idade e do Vivi às vezes reclamar  "mas o Nick não fala!", os dois brincam juntos e se dão muito bem. É um tal de beijar, abraçar (e morder, às vezes), que dá gosto de ver. São best friends :)

É interessante notar como o Vivi protege o baby Nick. Tá sempre alerta e avisa logo "é o meu bebê!". E ai de quem se meta a perturbar baby Nick...

Infelizmente, nem tudo são flores e o pequenininho anda bem chatinho pra dormir. Culpa dos ouvidos, que nunca ficam bons. O pobrezinho já tomou antibiótico tantas vezes, mas nada parece resolver o problema por completo. Esta semana o levo novamente à médica e quem sabe consigo convencê-la que preciso da indicação pro otorrino?

Fora isso, baby Nick é dos bebês mais alegres que já vi (se não o mais!). Acorda, senta, sorri e bate palminhas, como quem diz "tá na hora, pessoal!". Isso mesmo sem ter dormido muito bem durante a noite.

Agora começa aquela fase  (que dura até os 18 meses mais ou menos) mais gostosa, dos abracinhos (ele adora dar abracinhos), das descobertas, das primeiras palavrinhas, da primeira andada sem segurar, caindo de bumbum no chão... Nossa, já sinto saudade antes mesmo de começar...

Em tempo: Sabem o que ele adora? Cabelos! Especialmente à noite, quando está na cama da mamãe. Oh, sina minha!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

smart boy

-Mamãe, se eu comer tudinho vou ficar forte e grande que nem o papai, né?
- É, filhote, vai ficar sim!
(pausa pra pensar)
- Então não quero comer não, porque se eu crescer igual ao papai não vou poder mais brincar com meus brinquedos...

Tentei explicar que ele não cresceria de repente, que seria aos poucos e tal, mas ele não se convenceu muito não.

Lição do dia: comer é pra ficar forte e (ainda mais) bonito :), porque ninguém quer que ele cresça rápido demais ;)

ah, esse menino...

Ontem, Vivisauro enquanto fazia seu business number two, gritou:

- Mamãe!!!!!
- Que foi, filhote?
- Vem aqui, porque eu preciso que você aperte aquele negocinho na parede, perto da toalha, pro banheiro ficar beeeeeeeeem cheiroso.

É ou nao é uma pecinha rara?

Ele é tão sensível aos cheiros e tão averso à sujeira (apesar de ser uma briga pra tomar banho), que ao ver que o papai chegou do futebol, ou da academia (ou mesmo do trabalho), sai correndo e gritando: "ele tá sujo, vai me encostar, socorro!". Sem falar que sempre pede pra que eu cheire sua cabeça pra garantir que está cheiroso :)

terça-feira, 28 de junho de 2011

beijing: conclusão

Só pra encerrar o assunto Beijing, deixo aqui algumas conclusões e notas sobre nossa viagem:
- Queria muito (muito mesmo) ter tirado fotos decentes mas por razões óbvias não foi possível. As fotos foram poucas e basiconas, nos moldes de turistão mesmo. Das poucas mais de mil, acho que só se salvam umas cem. Com uma criança e um bebê que atraem multidões, dois carrinhos e uma bolsa pesada, não daria pra fazer melhor :( É bem complexo conseguir tempo e inspiração pra conseguir boas fotos. Quem sabe da próxima vez a gente consegue deixar as crianças no Brasil? :)
- Queria ter feito mais compras (especialmente seda e esculturas), aproveitando que fiquei master na arte da barganha :)
- Queria ter ido a tantos outros lugares, mas as distâncias de um ponto ao outro são gigantescas, mal dá pra fazer um ponto por dia... Precisaria de pelo menos mais uma semana e de deixar as crianças no Brasil
- Beijing é muito, muito, muito poluída: do dia em que chegamos até dois dias após nosso regresso, tive meus olhos, garganta e nariz irritados
- Prestação de serviços não é o forte do povo chinês
- O inglês deles é pior do que precário, é praticamente inexistente, Além de não falarem direito, frases não fazem sentido pra eles, quando muito, entendem palavras soltas.
- Pegar taxi é uma aventura à parte: Muitas vezes, nem adianta mostrar mapa, nem endereço escrito com caracteres chines, impressionante!
- Os pontos turísticos são maravilhosos e cheios de história
- As pessoas dormem nas mesas dos restaurantes após comerem (!!!)
- Algumas crianças usam a tal roupa "rasgada" no bumbum
- Tudo o que eu li à respeito da China (e que vocês podem checar nos meus posts pré-viagem) é verdade, confirmei pessoalmente.
- As crianças foram ótimas! Mas o sucesso da viagem dependeu fortemente da companhia dos nossos amigos Nicolas e Vivian
- Preciso voltar à China, outra cidade certamente, pra fotografar mais e comprar mais e para experimentar a vida noturna.

beijing: sétimo dia - comprinhas de despedida

Nossa última manhã em Beijing, acordamos e falamos pro Vivi "hoje é dia de voltarmos pra casa!" e ele com a felicidade mais sincera do mundo, vibrou: "Oba! que boa idéia! vou brincar com meus brinquedos... vou abraçar o Woody e o Buzz... Feliz!!"

Depois de tomarmos café saímos pra umas comprinhas de última hora. Mauri ficou no hotel com as crianças porque como já contei, pegar taxi aqui não é fácil. Eu, Vivian e Nicolas fomos de metro. Uma hora pra ir, outra pra voltar, no fim das contas tivemos uma mísera horinha pra comprar lembrancinhas, mas uma coisa é certa: to uma verdadeira chinesa na arte da barganha, a ponto de deixar os amigos envergonhados, e dizerem que fui longe demais =O| e os vendedores sem o sorriso no rosto no final da transação. Só aceitei o meu preço. Tô que tô, hahaha - claro que essa cara de pau só funciona aqui na China... imagina se euzinha vou barganhar em qualquer outro lugar? Mó vergonha :)

O que eu sei é que do jeito que eu tava, se mais tempo tivesse, voltaria pra casa com uma mala cheia de good deals. Mas Deus não dá "tempo" à cobra, hahaha

Voltamos correndo pro hotel, em tempo de fazer o check-out e voar pro aeroporto. Confusãozinha básica pra embarcar, visto a variedade de passaportes, mas no fim deu tudo certo. Deu até tempo de, entre um vôo e outro, rolar o último assédio às crianças - e tome de flash!

Mais uma vez, minha noite no avião foi horrível, não dormi nadinha, um saco.

Estamos de volta a Melbourne. Que delícia voltar pra casa após uma viagem cansativa. São duas sensações maravilhosas: esta e a de colocar o pé descalço no chão após horas em cima de um salto agulha. Mas apesar do alívio de estar em casa, já começo a me perguntar: qual será nossa próxima viagem? Bem que podia ser uma semaninha de lagartixa na Tailândia ou no Vietnã, num Resort, só pra recarregar as baterias, né não?

Oh well, na pior das hipóteses, devemos ir ao Brasil no fim deste ano ou início do próximo - se encontrarmos um preço viável, claro, porque ninguém pemrece pagar 3.300 dólares por cabeça.

beijing: sexto dia - ming thomb, muralha da china e village

Em nosso último dia de turismo tivemos que nos render à uma excursão, já que a Muralha da China fica bem distante da Cidade, cerca de duas horas. Então, de quebra tivemos que cumprir o roteiro do grupo que incluía Ming Thomb e duas outras paradas: uma pro almoço, estrategicamente situado dentro de uma mega loja de jade (tudo caríssimo!) e outro no mercado da seda (no qual nao entramos, mas isso conto no fim).

Na verdade, quase não conseguimos ir à Muralha, o que seria uma lástima, tudo porque demoramos a dizer se querímaos sair às nove ou às dez e quando conseguimos falar com eles, já haviam fechado com outro grupo. No fim das contas, na noite do dia anterior ao passeio, conseguimos, por sorte, fechar com outra excursão, que saía às 7 da matina. Bom, pelo menos era esse o combinado. O fato é que acordamos cedo (coitadas das crianças), tomamos café e esperamos, esperamos, até que finalmente, às quase 9 horas, chegou o ônibus e lá fomos nós.

A primeira parada foi Ming Thomb, lugar bem mais ou menos e quando perguntamos onde era a tal tumba, disseram em algum lugar ali atrás", apontando pra uma florestinha. Okay, valeu pela experiência.

Depois disso, paramos pra almoçar, mas antes deveriamos zanzar pelas mega instalações da fábrica/loja de peças de jade. Muita coisa linda, mas tudo surrealmente caro. Não compramos nada, óbvio.
Aparentemente o guia ganha uma comissão pelo número de pessoas que traz até a loja (que outro motivo teria pra nos levar pra almoçar ali?). Por sorte, o restaurante era super nice e a comida muito gostosinha (e estava incluída no preço). Só comecei a ficar chateada quando, antes de almoçarmos, o guia disse que a comida ainda não estava pronta e que podiamos dar uma volta pela loja pra passar o tempo e quando dissemos que preferíamos esperar no bar, bebendo uma água, ele disse "ah, não tem nada bom no bar", como forma de nos forçar a zanzar pela loja. Odeio isso! Obviamente ficamos no bar e, mais uma vez, as crianças foram foco de assédio (morar na China seria um verdadeiro filme de terror, reparem).

Finalmente, após não comprarmos nada, almoçamos e partimos em direção à tão esperada Muralha da China! Gente, o que é aquilo? Sem palavras pra descrever a grandiosidade, a magnitude daqueles muros, escadarias e rampas daquela estrutura milenar. Incrível! Mais uma vez, lamento muito não ter conseguido capturar a grandiosidade da obra com fotografias, mas era impossivel: com duas crianças, bolsa pesada, calor dos infernos, cabeçada de turistas e uma neblina (poluição!) danada (pra não falar do assédio que, obviamente continuou), mesmo com a ajuda do tio Nicolas e da tia Vivian, foi impossível, parar pra absorver a vista devidamente. Que frustação. Mas sabem o que não faltou? Gente chegando de todos os lados pra tirar fotos com os "zoiúdos", damn it!

O fato é que mesmo sem fotos decentes, vou guardar para sempre aquela imagem única em minha mente. Absolutamente divino.  Mesmo com toda a dificuldade de carregar as crinaças em meio àquela multidão, mesmo com a bolsa pesada e os degraus de tamanhos diferente, mesmo com as rampas íngrimes e o calor dos infernos, eu voltaria uma, duas, três, quantas vezes me fosse possível. Vale cada degrau.

Tá, vou confessar, não subimos tantos degraus assim, até porque pegamos um teleférico que nos levou pro ponto mais alto daquela região, mas ainda assim deu pra cansar e pra ver a magnitude daquela fantástica obra de arquitetura militar.

Uma curiosidade é que caiu por terra aquela estória de que do espaço dá pra ver a Muralha, afinal, apesar dos quase 9 mil Km de extensão de muros, a largura de cerca de 7 metros, jamais permitiria que a obra fosse vista de tão longe.

Dando sequência à nossa excursão, a última parada foi no tal mercado da seda, onde, dada nossa experiência anterior, preferimos não entrar, até porque as crianças estavam cansadas e nós ainda queríamos fazer umas comprinhas. Aí veio nossa surpresa: A partir do momento em que dissemos que não entraríamos no tal mercado, nossa excursão foi encerrada e o guia se recusou a nos lavar de volta ao hotel, pasmem! Ou seja, aparentemente, nosso "contrato"com a excursão nos obrigava a ir em todos os lugares, sem direito à escolha, uma característica bem chinesa, diga-se de passagem, e como nós não respeitamos nossa parte no "acordo", tivemos nosso "contrato" rasgado. Que tal? Fiquei muito danana da vida, mas fazer o que? Com quem reclamar? Enfiamos o rabinho entre as pernas e, com muito custo, conseguimos pegar um taxi até nosso próximo destino (os taxis muitas vezes não aceitam mais do que 4 pessoas, ainda que as outras duas, sejam crianças de colo).

Nossa última parada do dia foi num bairro de estrangeiros, chamado Village, onde há um mercado Russo, onde fizemos umas comprinhas (devidamente barganhadas) à jato. Jantamos num árabe no mesmo bairro. Comida deliciosa, mas o que mais me emocionou foi o banheiro, que era limpíssimo e cheiroso. Fiquei emocionada (vocês sabem que não vou a banheiros público, né?)

Esse bairro de estrangeiros é super cool, moraria lá "facinho , facinho" :). Arquitetura decente, centro comercial bem bacana, lojas conhecidas, limpinho, bem internacional.

De volta ao hotel, pra encerrar com chave enferrujada, nossa última noite na China teve vizinho de quarto com TV nas alturas e quando ligamos pra reclamar, quem disse que o povo da recepção que acha que sabe inglês nos entendia? Eles estavam quase mandando alguém até o nosso quarto pra ver qual era o problema com nossa TV! Após muita tentativa, o marido desistiu de tentar explicar que o problema era a TV alta do vizinho, afinal eles não falam inglês e não adianta falar frases construídas, em geral, o segredo é jogar palavras soltas, pra eles juntarem e tentarem entender a idéia, mas essa noite, nem isso adiantou. O jeito foi colocar o travesseiro na cabeça e esperar o sono do vizinho chegar.

Vamos às poucas e vergonhosas fotos (as piores de toda a viagem, infelizmente...). Algo me diz que terei que voltar à China só pra fotografar decentemente um dos principais motivos (senão O principal) do meu interesse nesta viagem... Oh well, fizemos o que foi possível, dadas as condições.




beijing: quinto dia - old beijing & peking duck

Hoje fomos dar uma volta num lugar que chamam de Old Beijing, mas na verdade foi reconstruído faz dois anos. Trata-se de uma rua destinada ao comércio de souvenir e coisas tradicionais chinesas como seda, porcelana, roupas e outras coisitchas mais. Encontramos até barata e escorpião no espeto, pasmem!

O dia foi bem light, fizemos umas comprinhas, coisa pouca, quando eu comecei a esquentar as turbinas, já era hora de partir pro almoço. Mas valeu, consegui comprar umas poucas lembrancinhas, uns quadrinhos pra casa e de quebra, encontrei um vestidinho muito fofo pra mim, por um precinho fantástico, graças a ajuda da tia Vivian e do tio Nicolas :)

Uma curiosidade é que a estrutura da rua era de rua de pedestres, entretanto, volta e meia passavam carros, bicicletas e motocas, sem se preocupar com o pedestre. Coisas da China, I guess...

Comprar na China é muito bom, ainda mais quando você não mora na China: vem pra cá e se acha rico :)
Se você me perguntar se me arrependo de alguma coisa nessa viagem, vou ter que te dizer que sim, me arrependo de não ter destinado um dia inteiro às compras.

Antes de vir pra cá, pensei, "pô, não tô indo a China pra comprar, caramba, afinal, tudo nessa vida é made in China, além do que, odeio comprar coisa fake". Mas como eu estava enganada. De fato, tem muito fake e tudo é made in China, mas vi tanta coisinha fofa, tradicional, tanto objeto de decoração interessante, tanta lembrancinha bonitinha, que me arrependo horrores de não ter trazido uma mala pra encher de coisinhas. Quem sabe numa próxima? Shanghai me parece bem atraente ;)

Enfim, munida de singelíssimas duas sacolinhas, deixamos a tal rua e fomos, à convite dos pais da Jiemiao, provar do pato mais famoso de Beijing o "Peking Duck"! Gentem, que experiência! O pato nos foi servido nos moldes tradicionais, fatiado à nossa mesa, sendo que todos as fatias tinham um pedacinho da pele tostadinha.  Mas antes que o pato fosse servido, veio a parte mais especial: a melhor parte da pele tostada, um pedacinho apenas, mas que delicia! O pato você deve comer num "embrulhadinho", você pega a massinha, abre na mão, molha o pato no molho, adiciona uns palitinhos de vegetais, enrola e manda ver!

Delicia! E os outros trocentos pratos de acompanhamentos? Nossa, um mais gostoso que o outro. Estava tudo muito gostoso, as únicas coisas que não me encantaram foi o pé do pato (!!) e a sopa feita da ossada (too easterns for my taste). A sobremesa, como meu maridinho bem apontou, não é doce, engraçado. Em compensação, o suco de manga, meo deos do ceo :), que delícia!

Super experiência! Se voltarmos à China um dia, certamente comerei o Peking Duck novamente ;)

Eh, Tá acabando... amanhã é nosso último dia inteiro por aqui. Depois de amanhã, ao meio-dia temos que fazer o check-out e correr pro aeroporto!

Vamos às fotos.


beijing: quarto dia - palácio de verão

Hoje saímos só à tarde, após o marido voltar da conferência. Nosso quarto ponto turístico foi o Palácio de Verão, outro lugar gigantesco com um lago enorme cercado por caminhos e construções lindas. É de impressionar qualquer um.

Of course, a família koala cada vez menos paciente segue firme e forte sendo alvo dos flashes. Só que agora, Vivisauro tomou gosto pela coisa (ou se rendeu, não sei) e começou a fazer mil e uma poses. Preciso falar que foi sucesso total? Não, né? Pois bem, se já era difícil sair do lugar, pior ficou, porque agora, se alguém tirasse foto só do Nick, o Vivi ficaria triste. OMG! Eu mereço. Haja paciência...

E por falar em Vivi, o bonitinho, após tomar um dos seus trezentos e noventa picolés diários (nessa viagem, tava sempre com um picolé na mão, também pudera, os picolés de fruta são baratinhos e uma delícia), pegou o papel e foi jogar no lixo. Lixo? Bom, ele achou que fosse, mas na verdade era a sacola repousada no chão, de uma chinesa que estava descansando, já que dentro havia nada menos que uma melancia gigante. No momento em que Vivisauro estava largando o lixo na sacola, a mulher veio fazendo gestos pra evitar, mas foi em vão, já era! Fiquei com a cara no chão e o Vivi, com cara de quem não entendeu nada. Pedi desculpas mimicadas. Sorte nossa, que a moça era simpática. mas também, quem não o é frente à família big eyes?

Gente, preciso deixar registrado aqui que os meninos estão sendo nota 1000. O Vivi está um verdadeiro rapazinho, o que ajuda bastante nosso aproveitamento da viagem, e o Nick, poor thing, apesar de doentinho, está show de bola, tão comportado!

De ontem pra hoje, Nick teve sua melhor dormida ever! À noite, foi se ajeitando na cama, até encontrar uma boa posição (de bruços em cima do travesserio) e foi serenamente pros braços de Morpheu. E ainda tirou uma boa soneca pela manhã e mais duas micro-sonequinhas. Não sei se é o início de uma nova fase, ou se é a exaustão. Infelizmente, aposto na segunda.

Voltando ao nosso passeio, no meio da visita, o calor era tanto que a pressão começou a baixar, então tivemos que parar pra comer alguma coisinha salgada, beber um líquido e pegar um fresquinho. Como o lugar é muito grande, não rola de sair de lá pra comer e voltar depois, então paramos num dos "cafés" que diziam ter "fast food". E sabem qual era o menu de fast food? Diversos sabores de miojo em potinho, daqueles que você põe agua quente e espera um minuto pra ficar pronto. Oh well, era isso ou morrer de fome.
Mas por falar em fast food, uma nota rapidíssima sobre o Mc Donald's: apesar de não termos ido a nenhum, vimos alguns anúncios em abrigo de ponto de ônibus e, pasmem,  o sanduíche sai a 1 dolar!!!!! Muito barato, impressionante.

Ah, quase esqueço de comentar! Gente, por muito pouco não fomos enganados durante uma compra. Estava lá barganhando o preço de um leque, quando por fim consegui o preço que queria. No mesmo segundo que fiz a compra, veio um segundo ambulante, com outros modelos, querendo aproveitar o embalo da venda anterior. Após idas e vindas de oferta, dei meu preço final e surpreendentemente ela aceitou (achei estranho a facilidade). Mal sabia eu o que estava por vir... A safada havia visto que a transação anterior tinha nos rendido notas menores, de 10 e 20 Yuan, então disse que precisava de trocados e nos deu uma nota de 50 em troca por duas de 20 e uma de 10. Maridinho bonzinho trocou, mas sabiamente olhou pra nota e não viu a foto do Mao (que, acreditem, está em TODAS as notas!). Mostrou pra safada e pediu os trocados de volta. Ela, na tentativa de nos passar pra trás, disse "fifty, fifty" tentando dizer que era a mesma coisa, aí veio uma mulher loira, alta, grandona, e disse, essa nota não é yuan! Aí a safada devolveu e sumiu na fumaça. Nossa, fiquei chocada com a cara de pau. Acho que estou ha muito tempo fora do Brasil, perdi o hábito de desconfiar das pessoas, mas por sorte, meu maridinho tá ligado na missão ;)

Pra fechar o dia, quando chegamos de volta no hotel, o que encontramos perto da porta? Um cartãozinho oferecendo serviços sexuais! Muito embora tivesse lido sobre essa possibilidade durante minha pesquisa pre-China, fiquei chocada! Que isso, minha gente!, num hotel de respeito! Ouvi dizer que em alguns hoteis de baixo calão, eles chegam a ligar pros quartos tarde da noite, oferecendo os serviços. Graças a Deus não aconteceu com gente...

E assim vamos construindo nossas imagens a respeito da China... Okay, eu sei que no Brasil também tem disso, mas como disse, me desacostumei a presenciar certas coisas de terceiro mundo

Fotos?  :)





sexta-feira, 24 de junho de 2011

beijing: terceiro dia - templo do céu

Nosso terceiro dia de turismo na terra do urso panda, foi dedicado ao Templo do Céu, um lugar enorme (pra variar) e lindíssimo. Infelizmente acabamos nos desencontrando dos nossos companheiros de viagem, o que tornou nossa experiência bem mais complicada, a começar pela dificuldade que é se locomover de metrô com o nada prático carrinho do baby Nick. Gente, o carrinho é ótimo, confortável, desliza super bem e tem uma basket enorme, super útil, mas definitivamente não é carrinho pra viajar (e eu já sabia disso, mas o marido não achou que valia a pena comprar outro menorzinho só pra viagem).

Por sorte, encontramos, numa das nossas conexões entre uma linha e outra (curiosidade: so far existem 10 linhas de metro em Beijing), uma alma caridosa que não só nos ajudou a carregar o carrinho escadaria abaixo, como esperou , a cada nova escada, pra continuar dando uma mãozinha. Uma verdadeira santa de olhinhos puxados. É impressionante o descaso com deficientes físicos (ou, na linguagem politicamente correta, portadores de necessidades especiais). Aliás, onde eles se escondem (ou onde são escondidos)?

Enfim, nas estações mais novas até tem escada rolante (normalmente só pra cima) e elevador, mas este está quase sempre desligado. Sem falar que o singelo carrinho do Nick não passa na "roleta" e o portãozinho de acesso está sempre com cadeado e como a gente não fala chinês, levava uma hora pra eles entenderem que precisava abrir o portãozinho (mesmo com toda a mímica), serviço que era prestado com aquele ar de reclamação.

Mais uma vez, comprovamos que ninguém fala inglês nessa terra (quem fala, certamente emigrou). Eita tortura, isso de não conseguir se comunicar. Pra eles, tanto faz se a gente fala em inglês ou português ou a lingua do "pê", é tudo a mesma coisa e o pior é que alguns insistem em falar em chinês ao invés de se utilizar da linguagem dos gestos. Ah, gente, tá certo que no Brasil ninguém fala inglês nas ruas, mas num hotel ou num ponto turístico, você sempre encontra que fale.

O dia foi chegando ao fim e com ele a minha paciência. Caracoles, não bastasse a família "big eyes" não poder parar pra descansar sem ser cercada pras fotos (sério, me senti um E.T.), éramos também abordados no meio da caminhada. Às vezes, eles nem tinham visto as crianças, mas quando olhavam pra mim e pro Mauri e viam os olhos arregalados, partiam direto pro carrinho pra checar o bebê e quando o Vivi chegava perto pra proteger o irmão do assédio (a coisa mais fofa do mundo!), também virava alvo. Pra vocês terem uma idéia, até o Vivi, que ama ser fotografado, já estava de saco cheio e fazia cara de grumpy inutilmente pra afastar os flashes . Foi aí que comecei a falar pro Vivi "meu filho, se você der um sorrisinho fofo, eles tiram a foto e vão embora, caso contrário, vão continuar tentando" (ô turminha persistente!). E a tática funcionou bem no começo...

O engraçado é que a imagem que eu tinha dos asiáticos era a de pessoas que não tocam, tampouco dão beijinho, mas com criança a estória é outra: eles pegam pelo braço, querem abraçar e beijar, uma coisa de louco!

Pra vocês terem uma idéia do tamanho do assédio, no fim do dia paramos no Mall perto do hotel (região nada turística) e, minha Nossa Senhora, nos 10 minutos que sentei no banquinho com as crianças, aguardando o marido voltar da loja de brinquedos*, foram pelo menos umas 20 pessoas que pararam pra fotos. Isso porque o Vivi estava dormindo no carrinho! Teve um momento que fomos cercados pela dúzia, começou com um casal, que encantado com o bebezuco, chamou outro e outro e quando me dei conta, estávamos rodeados.

Pela primeira vez, testei minha capacidade de barganha. A primeira deu certo e arrebatei uma chapéu de agricultor chinês pela bagatela de 6 dolares. Já na segunda, não teve jeito, e apesar da vendedora ter baixado consideravelmente o preço, eu queria mais desconto e acabei não comprando. Confesso que fiquei um pouco frustrada, mas fazer o que? Pelo menos me divertí no processo :) Não se pode ganhar todas, I guess... Mas é bem curioso o quanto eles (chineses) gostam de barganhar. Venda sem barganha não tem a menor graça, eles gostam mesmo é de sacar a calculadora e pedir pra você fazer sua "offer" :)

No fim do dia, completamente exaustos após muito bater perna, ainda tivemos que encarar um metro completamente entupido e, pior, carregando a espaçonave que é o carrinho do Nick! Visão do inferno, gente, por pouco não chorei, juro! Tentem imaginar: metro lotalo, a ponto de você sentir as respirações dos amigos em volta, pára na estação de transferência e ao invés de uma meia-dúzia saltar, entra mais duas dúzias. Não é exagero, juro! Infernal. Agora some a isso o fato de que um monte deles, com o celular em punho, tirava fotos das criamças. Cheguei a ver alguns, com a tranquilidade dos loucos, dando zoom e aguardando bebezuco olhar pra eles pra disparar o click. Surreal.

 Conclusão do dia: "Olho grande não entra na China" porque tem medo do assédio ;)

Agora, segue uma amostrinha do nosso dia ;)





*Em tempo:  Após termos entrado na tal loja de brinquedos no Mall pelo terceiro dia consecutivo, mesmo sem o Mauri falar um "xie xie" (obrigado), nem as vendedoras um thank you, na base dos gestos, papai Mauricio fez um cartão de fidelidade e já ganhou desconto! :) Ficou todo prosa, hahaha

beijing: segundo dia - cidade proibida

Finalmente nosso primeiro dia de turismo! O primeiro paradeiro escolhido foi a Cidade Proibida, para a qual fomos de metrô.

O sistema de transporte na China é bastante satisfatório e melhora a cada dia (novas estações/linhas estão sempre sendo construídas), então, muito embora nosso hotel não seja o mais bem localizado, com um pouco de paciência e um mapinha em mãos, conseguimos chegar aos pontos de interesse sem muita confusão.

As distâncias  entre um ponto de interesse e outro são bem grandes, o  que fez com que minha super-hiper-mega-ultra pretenciosa lista de passeios fosse reduzida a pó, o que certamente vai deixar a vontade de voltar (quem sabe, sem as crianças) pra completar o roteiro de maneira mais humana :)

Mas voltando ao metrô, gente, o simples fato de entrar e sair dos vagões é uma aventura e tanto, porque o povo não sabe o que é fila, e se sabe, faz de conta que não sabe. Ninguém respeita a regra de deixar sair antes de entrar e por mais que as setinhas no chão indiquem o fluxo, o tumúlto é grande. Pra vocês terem uma idéia, tem até funcionário encarregado de, na hora do rush, empurrar gente pra dentro do vagão, pra garantir que nenhum espacinho ficou perdido. Eles até dizem que se você está com os dois pés no chão é porque ainda cabe muita gente. Falta de organização à parte, sempre que eu estava com o baby no colo, aparecia alguém, me oferecendo lugar pra sentar - o engraçado é que sempre foram homens, especialmente os mais velhos, nunca mulheres ou jovens.

Mal saímos do metro e o assédio aos pequenos começou. Antes mesmo de entrarmos na Cidade Proibida, a família foi cercada por orientais em busca de uma foto com os meninos dos olhos grandes, oh my! No início achei engraçado, interessante a felicidade deles ao avistar pessoas dos olhos abertos, mas com o passar do tempo e aumentando a intensidade do assédio, comecei a ficar tensa e preocupada, afinal baby Nick tava doentinho e a última coisa que eu precisava era de mãos não lavadas tocando os pequenos (sim, porque eles não se satisfazem em tirar fotos de longe, querem tocar e, se possivel, beijar - pasmem!)

Após muita andança (a Cidade Proibida é e-nor-me!), breve parada para um almocinho safado lá dentro mesmo, o que me fez lembrar das minhas pesquisas pré-viagem, onde diziam pra não comer em lugar que só tivesse turista. Voltamos a andança que ainda levou horas. É tudo muito lindo, limpo e organizado, lamento tanto não ter conseguido me dedicar à captura de imagens decentes... mas, gente, não dá! Se estivéssemos só eu e o marido, sem as crianças, teria sido outra estória e muitas fotos lindas, entretanto, tive que me conformar com uns poucos cliques banais, de turistão mesmo :(

Uma das coisas mais interessantes dessa viagem é a comunicação, toda feita por sinais, às vezes conjugados com sons: hilário!

Abre parênteses


Ah, vi, pela priemira vez, ao vivo e a cores o tal squat toilet: medonho! Detalhe é que o banheiro tinha avaliação quatro estrelas (do lado de fora dos banheiros tem o número de estrlas), mas só se for na China mesmo, porque fala sério, não deu pra respirar lá dentro. Entrei mesmo só pra tirar uma foto, imagina se euzinha, que nunca fui ao banheiro do avião (e olha que pego vôos intermináveis), iria me aventurar numa possilga daquelas? Never! A menos que fosse torturada por uma dor de barriga.


Outra coisa que vi a vivo e a cores foram crianças pequeninas com aquelas calças que tem um rasgo deixando "as partes" expostas pra facilitar o toilet training. Vi também pra vender no Mall. Inacreditável!



Fecha parênteses

Na saída da Cidade Proibida, um mar de vendedores de souvenir nos cercaram, mas àquela altura não estava no clima de comprar, tudo o que eu queria era jantar e voltar pro hotel pra descansar. Estávamos todos famintos e exaustos (e ainda encaramos uma mega caminhada até encontrarmos a estação de metrô mais próxima).


Mas onde comer, se ninguém fala a inglês nessa terra? Acabamos indo parar no Mall perto do Hotel, e após tentar nos comunicar em alguns restaurantes locais, com cardápios duvidosos, onde o destaque era pra pratos lindos como cabeça de galinha (!!!), decidimos entrar no.... Pizza Hut! Nem eu acreditei, mas tive que me render, o cansaço era muito grande e a fome nem se fala. Lá, aos trancos e barrancos conseguimos ser atendidos, na base dos gestos sempre, com o auxílio do cardápio ilustrado. Pizza boa, similar à do Pizza Hut do Brasil, ainda bem, porque os da Austrália e dos EUA são muito chulé! Enfim, lá eles até tentaram se comunicar conosco num inglês macarrônico, mas gente, pedir sal foi uma aventura à parte, porque "salt" pra ele não quer dizer nada e os gestos nos trouxeram à mesa pimenta e queijo ralado, que tal? Por fim, quando já não havia mais esperança, a mocinha que nos atendia chegou com um potinho de sal! Parecia combinado, todos nós aplaudimos o feito :) e ela saiu toda contente, orgulhosa pela conquista.

Eh, nosso primeiro dia de turismo foi intenso, saímos do hotel às 9 am e retornamos às 9 pm - não é pra qualquer um não! Especialmente com duas crianças a tira-colo. Mas não podemos reclamar, porque além de termos a super ajuda dos nossos amigos e compadres Nicolas e Vivian, os meninos se comportaram muittíssimo bem (muito embora baby Nick ainda estivesse bem doentinho).

Cheguei no hotel com os pés arrebentados. Pro dia seguinte, não há dúvida: vou de Havaianas ;)

Conclusões do dia:
1- A maioria dos turistas que vimos hoje é oriental (chinês ou coisa que o valha)
2- Melissa não combina com caminhadas de 12 horas (detalhe: trouxe uma pra cada dia. E agora, José?)
3- Precisamos começar a comer a culinária local
4- Precisamos da Jiemiao!
5- Precisamos aprender a barganhar urgentemente
6- Preciso ter minhas mãos livres e minha cabeça despreocupada pra poder tirar fotos decentes
7- Devo ter pele e cabelos muito sensíveis, porque essa poluição tá acabando comigo.
8- Tô ficando com os braços malhados de tanto carregar 9 Kg de baby Nick (o carrinho dele é muito grande pra estrutura chinesa: mal passa na porta do quarto do hotel)

9- Não precisava ter trazido a mala de papinhas, nem fraldas, nem lencinho umidecido. Aqui você encontra as marcas americanas/australianas com muita facilidade em qualquer loja infantil no shopping ou no supermercado.
10- Banheiro público 4 estrelas fede!

Vamos às fotos (Só uma amostrinha tá?)



quinta-feira, 23 de junho de 2011

beijing: a viagem e o primeiro dia

O pão caiu com a manteiga pra baixo e baby Nick ficou bem doente horas antes do nosso embarque pra China. Por sorte, consegui assim de última hora (leia-se uma hora antes de sairmos de casa) uma consulta com a outra médica da clínica que eu levo os meninos e sendo diagnosticado novamente com uma inflamação na garganta e nos ouvidos, o pobrezinho entrou mais uma vez no antibiótico e lá fomos nós carregando numa bolsinha térmica os remédios dos dois poverinos.

Chegando no aeroporto, o primeiro capítulo da nossa viagem começou com o check-in interminável, porque como bem disse meu ilustríssimo marido, nossa família é a prova final pros trainees com dois adultos com dois passaportes brasileiros cada, um novo com o visto chinês e um antigo com o aussie; uma criança com passaporte americano e um bebê com passaporte aussie, que tal? Uma vida inteira se passou até estarmos liberados. No fim das contas, tivemos que correr pro embarque e foi aí que caiu a ficha: estávamos indo pra China!

Ao embarcarmos, tivemos nosso primeiro desafio: nos fazer entender, porque, gente, aeromoça chinesa só pensa que fala inglês, sabe no máximo uma meia-dúzia de palavras soltas, mas tem sérios problemas quando as ouve numa frase com uma certa estrutura. Sério mesmo, é mais fácil se comunicar com chinês em inglês se você não fala inglês, porque você solta uma palavra de um lado, eles soltam outra do outro e a comunicação vai caminhando, agora se você fala inglês e tenta se comunicar, explicar explicadinho, xiiii, desiste, porque é praticamente impossivel. E, gente, não tô falando das pessoas nas ruas, não, falo das aeromoças, recepcionistas e gerente do hotel, e das pessoas que trabalham nos pontos turísticos.

Okay, voltando à viagem, claro, não dormi nadinha (nem eu nem baby Nick aliás) e fiquei impressionada com o quanto o povo fala a madrugada inteira. Era um blá blá blá danado, sem falar dos barulhos estranhos que o avião fazia. Mas pior que tudo isso era não ter ninguém pra conversar, já que tanto o Vivi, quando o Mauri estavam capotados do meu lado - dormiram feito dois anjinhos, enquanto o Nick dava cambalhotas no meu colo, na tentativa de encontrar uma posição mais favorável ao sono. Bom, eu não encontrei.

Pela manhã, fizemos uma conexão em Guangzhou, onde tivemos um breve tempo de espera. Mais três horinhas de avião e chegamos ao nosso tão esperado destino: Beijing.

Mal desembacamos, começou a sessão sorrisos e tchauzinhos. O povo passava pela gente, olhando, sorrindo e acenando, olhava pra trás pra um último tchauzinho e quando reciprocrávamos, íam embora felizes da vida. Nesse momento ainda não sabíamos, mas isso seria aumentado à terceira potência durante nossos passeios.

Já no aeroporto, tive que dar inicio às negociações porque quebraram uma parte do carrinho do bebê e queria dar 5 dolares pro concerto. Putz, foi uma negociação infinita e acabamos conseguindo um valor mais aceitável, porém não suficiente. Mas eles são muito ruins de transação e já deu pra ter uma noção do que esperar do serviço chinês.

Na saída, não encontrávamos o cara do transfer do hotel, que após muita luta pra conseguirmos ligar pro hotel descobrimos: tinha ido embora (!!!!) porque nós não estávamos lá no horário combinado. Detalhes: 1-Nosso vôo atrasou; 2- Ele sabia o número do nosso vôo!, 3- Tivemos que pagar anyway! No fim das contas, alugamos uma van e fomos todos juntos pro hotel, onde chegamos por volta das 2 pm e exaustos decidimos call it a day e deixar o turismo pro dia seguinte.

Ainda no caminho pro hotel, sentimos na pele, na garganta, nos olhos e no nariz o nível surreal de poluição que envolve e preenche a cidade, que por isso vive nublada, especialmente no verão.

Com relação ao hotel, minhas primeiras considerações:
- Ficamos muito mal localizados, do outro lado da cidade. Perto, só a universidade onde acontecia a conferência (quem se importa?) =P
- O hotel que foi construído em 2008, deveria ser 4 estrelas, mas se o é, o número máximo de estrelas na China deve ser bem superior a 5. Lá pelas 8 talvez, porque já fiquei em 3 estrelas muito melhor que esse 4. Os quartos são bem mais ou menos, o frigobar não tem nada, piso, banheira e azulejo do banheiro (que é mínimo) são medonhos; o quarto cheira a sei lá o que; o carpete nunca deve ter visto uma limpeza séria quase dá pra ver a fazenda de ácaros gordos), a cama é dura...
-As camareiras não sabem fazer a cama e não se dão ao trabalho nem de fazer de conta que limpam. Mal passam um pano sujo na quina (e só na quina) do tampo da mesa, olham em volta, dão meia-volta, repõem a água mineral, as toalhas, jogam o edredon em cima da cama, retiram o lixo e tá bom demais. Aham, tá sim...
- No café da manhã não existe o conceito de leite quente, tampouco de água gelada (até o frigobar faz de conta que gela)

Mas tuuuuuudo bem. Que bom que a gente só pára no quarto pra tomar banho e dormir. Que pena que o banheiro não tem o frescor que eu gostaria, nem a cama a maciez que eu precisaria.

pra começar

Pra começar a bateria de posts sobre nossa estada na China, temos que antes de mais nada agradecer a companhia, colaboração e companheirismo dos nossos amigos e compadres tia Vivian e tio Nicolas, sem os quais essa viagem teria sido um fiasco.

Eles estavam sempre por perto dando uma força, ajudando a carregar as crianças de um lado pro outro, ou mesmo, as protegendo do assédio do oriente :).

Foram eles que planejaram a viagem, tomaram conta do roteiro e praticamente tornaram-se fluentes, senão no Chinês, na arte de se comunicar por sons e gestos.

Pra eles, nota 1000! Mal posso esperar nossa próxima viagem juntos, com o grupo acrescido de mais um elementinho, a pequena Amy que está por chegar :)

Obrigada, tio Nicolas e tia Vivian, vocês são demais!

and we are back :)

Foram seis noites na China, mais duas no avião. Muita poluição respirada, muita sola de sapato gasta, muito inglês inutilmente falado, muito chinês incompreensivelmente escutado.

Num mar de olhinhos puxados, nossa nem tão pequena família foi atração turística. Não houve um só dia, pior, uma só hora em que nossas crianças não fossem cercadas por orientais em busca de um sorriso pras infindáveis câmeras que apareciam do nada. Adultos querendo tirar foto com os meninos, pais querendo que seus filhos tirassem fotos com os meninos, todo mundo extasiado pelas crianças de olhos grandes e cílios generosos.

Na rua, no hotel, no elevador, nas escadarias da Muralha da China, nos mercados populares, nos restaurantes, no banheiro, nos templos, até mesmo no metro lo-ta-do, tinha sempre um batalhão pedindo pra tirar foto, ou tirando sem pedir mesmo.

A viagem foi maravilhosa, Beijing é sem dúvida um lugar muito interessante com povo, costumes, cultura e atrações bem diferentes de tudo que já vi, mas, gente, jamais poderiamos morar lá, porque nossa vida seria um inferno digno da família de Angelina Jolie e Brad Pitt, com o agravante que não seríamos ricos feito eles :).

O fato é que se aqui na Austrália já me param em toda parte pra elogiar os olhos das crianças (beautiful big brown eyes!), imaginem onde  ninguém tem cílios longos, tampouco olhos abertos? Uma loucura! Mas o pior mesmo é que até de mim e do Mauricio tiravam fotos, quando não da família completa.

No início (leia-se nas primeiras duas horas), achei engraçado, interessante, mas depois ficou muito cansativo e muitas vezes inconveniente. Vivi, no princípio, fazia cara feia, porque não queria aquele monte de gente estranha tocando nele ou no irmão, mas depois eu expliquei que se ele sorrisse logo de cara, eles tirariam a foto e iriam embora, caso contrário, eles ficariam insistindo até conseguir o que queriam. E de fato seu certo: eles miravam a camêra, o Vivi sorria, eles tiravam a foto e partiam. Mas isso foi até o Vivi tomar gosto pela estória e resolver fazer pose, aí, meus amigos, foi sucesso total! Um chamava o outro e a multidão ia crescendo até que a gente não conseguia mais andar, ou seja, o feitiço se voltou contra o feiticeiro =O|.

Mas não se assustem, não vou contar tudo nesse post, não, vou tentar, post a post, relatar os highlights do nosso dia-a-dia na terra do urso panda e, claro, liberar umas fotos, que apesar de terem sido poucas (devido à falta de oportunidade - experimenta viajar com duas crianças que são, em si, atração turística pra ver se sobra tempo e inspiração pra fotografar!), dá pra passar um pouquinho a idéia de como foi nossa viagem.

Por enquanto deixo aqui a primeira foto tirada às 11:50 da manhã (hora em que as crianças acordaram!) após nossa primeira noite dormida em casa, de volta da China.

foto pós-China: os meninos, exaustos, dormiram até quase meio-dia

domingo, 19 de junho de 2011

Blogagem Coletiva das Mães Internacionais - “Quem Cuida dos Nossos Filhos” - Australia

Desde que abri a porta da minha vida pra maternidade, vi chegando com ela milhares de preocupações e ainda durante minha primeira gestação comecei a me inteirar sobre assuntos tais como parto, amamentação, alimentação, saúde do bebê, o que pode, o que não pode e o que depende. E acreditem, em meio a tantas novidades, o que mais me causou surpresa na época (quando ainda morava em Bloomington, IN, nos EUA), foi a dificuldade em encontrar vaga numa boa creche (ou mesmo numa creche fedorenta!).

Foi num desses cursinhos pré-maternidade, já no meio da gestação, que descobri o que na época achei um absurdo: "assim que você engravida, precisa procurar, encontrar e colocar o nome do seu filho na lista de espera por uma vaga na creche", me contou uma colega de curso. Fiquei chocada e preocupada, afinal, precisava garantir que ao final dos 6 meses que planejava ficar em casa, teria uma boa creche pra deixar meu rebento e poder, com certa tranquilidade, voltar a trabalhar. Foi quando começou a maratona.

Foram várias as creches visitadas e pouquíssimas as aprovadas, e todas elas, todinhas mesmo, tinham a famosa lista de espera.
 
No fim das contas conseguimos vaga numa das melhores (e mais caras) creches da cidade, o que confortou bastante meu coração de mãe de primeira viagem, e quando chegou o grande dia, com um nó gigante apertando minha garganta, começamos a tal adaptaçãao. Encurtando uma historia longa, 3 meses após o primeiro dia, meu filho, com 9 meses de vida foi convidado a se retirar da creche, notícia que recebi com um telefonema logo após meu intervalo de almoço, tendo ao fundo um bebê aos berros (o meu, claro!). Quem me contactou foi a diretora, que me contou que há tres meses, ou seja, desde sempre, meu filho gritava daquele jeito, toda vez que não tinha atenção exclusiva. "Como assim? Por que levaram tanto tempo pra me avisar?"

Lembro bem que nos primeiros dias, me disseram: "ah, quem precisa se adaptar na verdade é a mãe, porque os bebês ficam ótimos". Lembro também que nos dias, semanas e meses subsequentes, o relato do fim do dia era ensaiadamente o mesmo: "ah, o dia hoje foi bem melhor..." E, de fato, ele parecia gostar de lá.

O fato é que depois disso, comecei a trabalhar meio periodo, e revezar com o marido, que na época fazia doutorado, o que nos possibilitava uma flexibilidade maior nos horários. De manhã eu ia pro trabalho enquanto o marido tomava conta da cria e a tarde eu  o rendia, enquanto ele cuidava das suas obrigações de doutorando. Mas foi por pouco tempo, porque meses depois nos mudamos pro outro lado do mundo.

Dessa vez, como bons gatos escaldados, pesquisamos as creches e entramos na lista de espera bem antes de chegarmos aqui na Austrália e ainda assim, foram bons 10 meses aguardando nossa vaga, que a princípio nos dava somente dois dias por semana.

Por que pensar em colocar novamente meu filho na creche após a traumática experiência que tivemos?, você me perguntaria. Porque acho, sinceramente, que demos azar, e também porque acho muito mais seguro deixar meu filho numa creche do que com uma babá - a gente ouve tantas historias por aí - sem falar que dificilmente, uma babá fará mais do que tomar conta, dificilmente ela fará com meus filhos atividades que auxiliem no seu desenvolvimento. Pelo menos na creche (numa boa creche, claro), uma "tia" toma conta da outra, ninguém maltrata meu bebê (pra não falar das possibilidades mais escabrosas), existe uma importante interação com outras criancas e há tambem toda uma programação direcionada ao desenvolvimento dos pequeninos.

O que eu sei é que hoje posso estufar o peito e encher a boca pra dizer que estou extremamente satisfeita com a escolha que fizemos e quem toma conta do nosso filhotinho mais velho (de 3 anos e meio) são pessoas super treinadas e competentes, isso pra nao falar do carinho com o qual ele e todos os amiguinhos são tratados.

Nao bastasse isso, o programa da creche é tão completo, tão cuidadosamente pensado, que dá gosto de ver.
Todos os dias, os pais recebem um informativo ilustrado com  fotos das criancas desempenhando varias atividades e contando o que aconteceu no dia, mencionando cada criança. Um trabalho fantástico. Tão personalizado que, cada vez que leio uma passagem referente ao meu filho, por mais boba que seja, fico emocionada.

E a alimentação? Nota 1000! Super saudável e balanceada, é produzida lá mesmo, diariamente. Nada de potinhos, nada de fritura, nada de salsicha, pizza ou nuggets.

Nao tenho a menor dúvida que meu filhote é super bem cuidado e, mais do que isso, super bem conduzido. Vale cada centavo dos mais de 80 dolares diarios* que nos cobram. O Vivi simplesmente adora ir a creche.

Já meu segundinho, aos 8 meses ainda nao foi apresentado à escolinha, muito embora tenha entrado na lista de espera quando ainda não tinha nem 8 semanas no útero (gato escaldado, parte II). Não porque ainda não tenha surgido vaga, porque até surgiu, mas gente, eu estou em casa faz tanto tempo, que decidi que nao me custa ficar mais um poquinho e garantir que ele estará mais maduro pra encarar a famosa atenção dividida, porque muito embora baby Nick seja muito mais tranquilo do que foi o baby Vini, não quero arriscar um segundo trauma no mesmo tema, vou resguardar meu coração pra outros sustos, pois certamente, sendo mãe de dois meninos, muitos ainda terei.

Quem cuida do meu bebê por enquanto sou eu, que sou doidinha e faço mil atividades com ele, brinco, passo sempre a pomadinha contra assadura a cada troca de fralda, faço comidinha gostosinha, ponho pra dormir com musiquinha, se por ventura ele demora um pouquinho mais a acordar, vou checar se ele está respirando (não, isso não é exclusivo a mães de primeira viagem)... Mas meu kinder boy vai a creche feliz da vida desde os quase 2 anos de idade. E quando chegar a hora, meu bebê também irá. Até lá, haja criatividade pra entretê-lo.

Ah sim, recentemente, meu kinder boy passou a ficar em casa duas vezes na semana (pra que eu possa também ter um quality time com ele), e nos outros 3 dias, ele segue passando o dia inteiro na creche, afinal, aos quase 4 anos, precisa cumprir suas obrigações com o programa de kindergarten :)

*Sem querer abusar do tamanho do post, mas já abusando, pra você que chegou até aqui, só queria acrescentar que uma das belezas de morar na Austrália é que o auxilio recebido do governo é fenomenal. Dá gosto pagar imposto alto, porque sem dúvida nenhuma, a gente vê com o que é gasto o dinheiro, especialmente quem tem filhos. Um dos muitos benefícios de ser residente permanente aqui é receber um mega abatimento nas mensalidades da creche.

fotos retiradas de um dos informativos diarios da creche

E pra fechar, quem quiser ler mais opniões de mães pelo mundo afora é só dar um pulinho no Mães Internacionais, que hoje está rechedo de publicações sobre o tema.

sábado, 11 de junho de 2011

Beijing: planejamento - parte V

Faltam 4 dias!

Uma vez pesquisados os porens de ir a China (especialmente levando, nao na bagagem, mas como bagagem, um molequinho e um bebezinho), soh me resta partir pra parte mais divertida: onde ir, o que fazer.

Chegaremos lah no dia 15 e ficaremos por 6 dias inteirinhos e apesar de ter muito o que fazer, confesso que to achando um pouco demais, dado que temos um Vini  e um Nick a tira-colo. Mas vamos que vamos, porque se  fizermos disso obstaculo, nunquinha vamos viajar novamente, afinal nao rola de desovar as crias na casa da vovoh, uma vez que estamos do outro lado do mundo.

Numa pesquisa descompromissada, listei alguns lugares que eu gostaria de visitar para a partir daih poder pegar o mapa e tracar os roteiros dia-a-dia (gente, nao faco isso de programar direitinho uma viagem desde que ainda nao tinhamos kids. Eu era a senhora organizadinha, programava o roteiro completo, mas depois que comecamos a viajar com o Vini, justamente pra evitar a frustracao de nao cumprir o roteiro, comecei a deixar rolar).

Enfim, aqui vai a listinha báaaaaaasica de alguns lugares que gostaria de ir mas claro, não conseguirei ir a todos, não necesariamente nessa mesma ordem.

- Great wall
- Forbidden City
- Chuandixia Village
- Tiananmen Square
- Beijing Botanical Garden
- The Garden of Virtue and Harmony
- Temple of Heaven
- Temple of the Earth
- Lama Temple
- Summer Place
- Song Zhuang Artist Village
- Marco Polo Bridge
- Lugou Bridge 
- Beijing Hutongs
- Dong Hua Men Night Market
- Confucian Mansion
- Ming Tombs
- Beijing Planning Exhibition Hall
- Beijing Folklore Museum

- WangFujing Shopping Street
- XiuShui Street
- Beijing Zoo 
- The Shijingshan Amusement Park
- Happy Valley Beijing

Audaciosa minha lintinha, né? Isso porque foi editada e re-editada. Mas, gente, eu sei que não vai rolar de ir a todos esses lugares, até porque, alguns deles como Great Wall e Forbidden City, exigem mais tempo (outros nem tanto, são só um pit-stop), além do mais, como disse no início, temos um Vivi e um Nick a tira-colo. Então, como diria o Vivi, "vamos ver..."

quinta-feira, 9 de junho de 2011

mr. pitoco

Por que eu me preocupo em comprar brinquedo novo pro bebezuco? Além de já ter um monte de brinquedos praticamente novo de bebês aqui em casa (da época baby Vini), outro motivo pelo qual eu não devia me estressar em adquirir novos itens é que baby Nick, apesar de fazer muito mais uso dos brinquedos do que o Vivi fazia, prefere muito mais brincar com um pitoco qualquer do que com brinquedos que acendem luz, tocam música, piscam, ou viram cambalhota. No momento não há nada mais interessante do que aquele pitoco que previne a porta de bater na parede, sabem? Nossa, é muito divertido (imagino)! A verdade é que bebês/crianças são bichinhos muito criativos e conseguem ver graça nas coisas mais desinteressantes. Gastar dinheiro pra quê?

alerta vermelho

Desde o jantar de ontem que baby Nick se recusa a comer a comidinha que ele outrora adorava, raspava o prato e lambia os beiços. Ontem à noite, trocou a comidinha por meio tomate e uma banana (das grandes). E hoje no almoço, mais uma vez recusou a comidinha e comeu ao invés, meio tomate, uma tangerina e filou meu gnocchi.
Pelo visto, ele não tá gostando mais de comer comidinha de bebê mais não - e olha que nem é tão pastosa assim, deixo sempre uns pedacinhos. O chato é que eu tinha acabado de fazer uma quantidade generosa que se congelada, duraria até o dia de viajarmos. Pior do que isso só o fato que meus planos de levar uma malinha de comidinhas industrializadas pra ele comer na China subiu no telhado de onde tá quase caindo.
Tô começando a entrar em pânico, porque não sei o que o bichinho vai comer lá*. Estava super tranquila, achando que as papinhas que levaria daqui seriam a solução pros meus problemas. Tinha até comprado umas pra testar e ele havia aprovado. Mas agora tudo mudou e se ele não está aceitando a comidinha da mamãe que e mais gostosinha, a industrializada é que não vai rolar mesmo =( Pâ-ni-co!

*Em tempo: planejava levar comidinhas daqui porque não sei que sabores "especiais" vou encontrar por lá. E queria levar papinhas industrializadas, porque já li em vários lugares que deve-se evitar dar frutas e vegetais crus pra bebês e crianças durante a estada na China, por causa da falta de rigor no controle de qualidade. Tipo, a criança chinesa está habituada, a minha não, saca? É muito comum dar problemas gastro-intestinais =O| . Enfim, mais uma vez, parafraseando oVivi "vamos ver..." ;)

tempo frio

Esse tempinho friozinho de Melbourne tá acabando com a minha pessoa. E não tô nem falando do saco que é pegar vento frio na rua, de não poder ficar fora com o bebê por muito tempo... Sabem quantas canecas de leite quente eu tomo por dia? Quatro, no mínimo. O problema não são nem as calorias ingeridas com essas quatro canecas (lembrando: caneca > xícara) de leite integral, o problema é que desse jeito não há Ovomaltine que dure até  eu conseguir outra alma santa que traga mais pra mim do Brasil. Infelizmente, nessa terra não tem nem Ovomaltine, nem nadinha que o substitua. Sim, porque não me venham com a conversa que Ovaltine é a mesma coisa, porque não é! Pode até ser a mesma empresa, ter a logo parecida, a embalagem nas mesmas cores e tal, mas o gosto tá longe de se parecer com meu bom e velho Ovomaltine (versão brasileira) - e olhem que de Ovomaltine eu entendo, são pelo menos 31 anos de experiência ;)

malas prontas?

Claro que não! Foi-se o tempo em que eu conseguia fazer tudo com antecedência.
Quem sabe consigo dar um gás no fim de semana e até domingo ter as malas prontas e fechadas? Como dz o Vivi "vamos ver..."

ontem foi dia de revisão

Ontem levei os meninos pra revisão. A última do Nick foi aos 6 meses, mas na verdade a última oficial foi aos 4. Não sei porque mas aqui, após os 4 meses, as revisões deixam de ser mensais e passam a ser quadrimestrais, depois semestrais e vao espaçando cada vez mais. A ultima do Vivi foi aos dois anos e meio, mas isso foi porque ele não falava e eu estava preocupada (silly me! agora rezo por um minuto de silêncio), mas o normal é ser aos dois anos e depois só aos 3 e 1/2.

Pois bem, fomos a revisão de 8 meses pro Nick e 3 e 1/2 anos pro Vivi.

Chegamos um pouco mais cedo pro Vivi poder brincar, mas como não havia mais crianças àquela hora lá, ele ficou meio entediado e logo notou quando a salinha da enfermeira esvaziou: "Vamos, mamãe, a salinha tá vazia". Aí eu expliquei que a gente precisava esperar ser chamado "Ah bom"
Entramos e a enfermeira perguntou quem seria o primeiro e como o Vivi, mal entrou, já estava entretido com os briquedos, respondi "o Nick", ao que meu molecote maior retrucou no ato "Não, eu sou o primeiro"

Okay, Vivi, é sua vez. A principio achei que ele quisesse ser o primeiro, porque estava achando divertido ir ao médico, coisa diferente,  né? Mas logo entendi o real motivo: queria ser liberado logo!

A cada check que a enfermeira dava na lista, ele perguntava "Posso brincar agora?" Repetiu essa pergunta umas dez vezes, após checar a altura, o peso, a cabeça, após o exame de vista, após verificar os dentinhos... sempre saía a perguntinha. No fim das contas quando ele finalmente foi liberado, começou a querer interagir com a Dona enfermeira, afinal, ele se amarra num "me brinca?" =) E começaram as perguntas. De todas elas, a resposta mais engraçada que obteve, a julgar pela gargalhada que deu, foi o nome da enfermeira.

- What's your name?
- Erika
(pausa)
- AHAHAHAH, Nooooo, that's my mom's name! What is YOUR name?
- my name is Erika :)
- That's funny! hahahaha (um riso daqueles bem forçados)

Detalhe, ele conhece outra Erika, mãe da Giovana, mas quis fazer graça anyway, o importante é manter as atenções todas voltadas pra ele, mesmo quando a vez é do irmãozinho.

Enfim, resumindo a ópera, Vivi está 100%, ou melhor, na altura, está no percentil 95, no peso 75 e na cabecinha, 95. Meu compridelo perdeu de vez o corpinho de bebê e agora está na fase magricelo, com as pernas compriiiidas e os joelhos 'grandes' :)
Tirou 10 também no exame de vista e no quesito "linguagem" tirou onda com tanta desenvoltura e perspicácia. E a mamãe aqui ficou foi feliz ao responder o questionário dos três anos e meio e ver que, ao contrário de um ano atrás, não havia um só item que a preocupasse.

Bebezuco também impressionou com sua desenvoltura, dando seus passinhos ainda meio desequilibrados, pulando de móvel em móvel, sem falar que estava especialmente falastrão e mexelão, pegava tudo o que via pela frente, trocava de mão, tentava por na boca (mas a mamãe não deixava, claro), ria, gargalhava, observava e acompanhava cada movimento da enfermeira com seu par de olhões de jaboticaba. Tudo mais do que normal com ele, muito embora engatinhar não seja sua atividade predileta, ele já se locomove muito bem combinando duas ou três engatinhadas com arrastadas de bumbum, com direiro a giros de 360 graus com o bumbum no chão.

Já no comprimento, a mamãe teve que se contentar com os 71.5 cm que o colocaram entre os percentis 50 e 75; os 8.8 Kg, entre os percentis 25 e 50 e, claro, os discretos 48.5 cm de cincunferencia da cabecinha (above 95%, mas abafa o caso).

É, não adianta lutar contra, baby Nick não é o bebezão que o Vivi foi, talvez porque este tenha desde os 4 meses tomado fórmula (e se eu não me engano, foi na consulta dos 5 meses que o baby Vini começou a crescer mais rápido - o que será que tem no Similac??). Enfim, já fiz as pazes com a idéia que baby Nick é médio, contanto que esteja saudável.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ah, esse menino...

Da série "Coisas de Vivi"...

Cena I

Ontem a noite, meu filhotinho maior estava muito fofo trajando uma blusa preta de gola rolê. Parecia um artista.
-Filho, você está parecendo um artista com essa roupa, sabia?
- Sim!, respondeu com um sorriso no rosto
Passados uns minutos, perguntei:
- Quem é o artista da mamãe?
- É o Vivi!! (todo empolgado)
- Você é muito metido, sabia?
- Mas, mamãe, você vive falando que eu sou um artista!
(Okay, isso é bem verdade. E não, não sou babona imagina. Vocês já viram os desenhos que ele faz? Obras de arte!)

Cena II

Hoje, quarta-feira, dia de ficar em casa com os dois molequinhos, Vivi estava enrolando pra ir ao banheiro.
- Vivi, é melhor você ir logo ao banheiro, porque se você ficar enrolando muito, vai ficar com dor na barriguinha.
- (fazendo cara de "grumpy") Not fair! Você tem que falar direitinho!
- Ué, mas eu não estou falando direitinho?
- Não!
- Como é falar direitinho, então?
- (e numa vozinha bem mansa, ele me responde) "Vivi, por favor, vai fazer cocô..."
(Okay, okay, tá certo que a gente ensina a cria a pedir por favor, mas pô, tenho que usar as palavrinhas mágicas até pra conduzí-lo ao banheiro? Tá anotado. Fazer o que, né?)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

só pra alegrar os corações familiares

confiança é tudo nessa vida ;)
Inspirada nas artes da Martinha: O Pinguim (sem olho - por falta de material apropriado)

vai dizer que não dá vontade de morder?
e lá vai meu segundinho...

Beijing

Faltam 10 dias

pela primeira vez

Hoje, pela primeira vez, baby Nick acordou e sem chorar, colocou-se sentadinho do berço, sozinho. Se eu tivesse esperado mais um pouquinho pra aparecer no quartinho dele, o teria encontrado de pé segurando as barrinhas e pedindo socorro, tenho certeza :)
Percebam, é o fim das minhas preocupações, porque o pequeno até demorou, mas resolveu fazer tudo de uma vez. Palmas pra ele! :)
Ah sim, esta foi a primeira noite em muuuuuuuito tempo que pude dormir por quase 5 horas ininterruptas, Tá ruim não, né?
Se ao menos ele parasse com a palhaçada de se esgoelar quando fico 30 cm distante dele, ajudaria bastante. Eita bebê carente...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

férias

Sabem aquele bebê bonzinho, anjinho do qual eu sempre falo?
Hmmm, tirou férias e pelo visto sem vencimento, porque já faz um tempo que o que eu tenho aqui em casa é um bebê chorão, manhoso e pirracento, que simplesmente não aceita que eu me afaste mais do que 30 cm, que abre o bué a ponto de parecer que está sentindo dor, o bichinho chega e tremer. Um horror! Como eu sei que é manha? Basta eu pegar no colo que passa e o sem vergonha às vezes até dá uma risadinha, acredita?
Sabem qual é a sorte dele? A mesma que eu dizia ser a dor irmão dele na mesma época: ele é fofo! :) O problema é que baseado nessa fofura toda, ele acha que pode deitar e rolar e abusa mesmo.
To ficando em frangalhos no fim do dia, mas pior do que isso é que minhas noites têm sido horrorendas, porque o fofíssimo acorda toda hora. Um sa-co!
Zumbi, eu?, 'magina...

mas já?

- Mamãe, quem você ama  much more, eu ou o Nick?
(Okay, por essa eu não esperava - pelo menos não tão cedo)
- Ué meu filho, eu amo os dois, você e o Nick, igualzinho.
- Mas de quem, mamãe, você gosta MAIS?
- Ah, eu gosto mais do Vivi e do Nick.
- Ah, tá (e fechou um um abraço)

redescobrindo

Vivisauro tem muitos brinquedos e, obviamente não dá pra brincar com tudo, até porque ele tem seu prediletos.
Hoje, após 2 anos vivendo na escuridão, o "minhão", como era chamado, foi redescoberto.
Minhão é um filhotinho de tigre de pelucia daqueles que parecem de verdade, sabem? Uma fofurinha que comprei quando ainda estava grávida.
Brincadeira vai, brincadeira vem, Vivi que estava cheio de amores pro lado do Minhão, vira pra mim e pergunta: "Mamãe, de que DVD é o Minhão?"
Ih, meu filho, ele não é de nunhum DVD não, é apenas um filhotinho fofinho de tigre.
"Mas mamãe, de que FIL-ME ele é?"
Aí eu expliquei que nem todos os brinquedos dele aparecem em desenhos na TV. Ele, resignado, encerrou: hmmm.

meu molequinho é fofo

Ontem foi quarta-feira, portanto, dia do Vivi ficar em casa.
Não sei se já comentei aqui, mas baby Nick anda muito needy, manhoso mesmo, faz um auê se eu saio de perto - e quando eu digo perto, é perto mesmo. Ele não aceita, por exemplo, que eu sente em frente ao computador - vira uma fera! O fato é que ontem precisei responder um email e o bichinho se pôs a chorar, se esgoelou, puxou o proprio cabelo, enlouqueceu (durante todos os dois minutos que ficou "sozinho").
Mas a fofura do momento foi ver o Vivi, que naquele momento estava brincando sozinho, parar tudo, pegar dois bichinhos de pelúcia e sentar pertinho do Nick pra entretê-lo. Gente, how cute is that?? Momento mágico, quase chorei!
Mas tentar acalmar o Nick em momentos de manha desespero é uma atividade comum na vida do meu nem-tão-pequenho, que lá no banco de trás do carro, sempre canta musiquinhas fofas pro irmãozinho na tentativa de tirá-lo do transe do bué.
É fofo ou não é?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

você percebe

Você percebe que não é mais uma garotinha* quando, na clínica onde você faz depilação, a mocinha que faz o serviço é 12 (eu disse, doze!) anos mais nova que você.

Caramba, no meu tempo, gente que eu considerava "novinha" tinha a idade da minha irmã, que é quase 9 anos mais nova que eu, mas hoje, essas novinhas tem a idade que eu tinha quando conheci meu marido - e isso não faz tanto tempo assim, ora bolas (aham, sei, acredita quem quer  - ou quem nao sabe fazer conta ;)).

Mas o problema não é perceber que você não é mais novinha, porque isso eu já superei faz tempo e nem ligo mais pro tantão de velinhas que incendeiam meus bolos de aniversário. O problema é quando a mocinha 12 anos mais nova que você - é, aquela que faz sua depilação - te pergunta a idade dos seus filhos e antes que você tenha tempo de encher os pulmões pra responder, ela completa: "eles são novinhos, né?" Ô minha filha (putz, outra evidência das muitas primaveras), como assim eles são novinhos" Quantos anos meus filhos poderiam ter? São miudinhos, sim, caramba!" Gente, tô 'precisada' de um Spa pra relaxar a carcaça, amenizar as olheiras e rejuvenecer a cutis. Sou super proud dos meus 3.3, até porque certamente tô melhor que muita gatinha de 20 e poucos por aí, mas oh, nao tô podendo ser confundida com mãe de moleque grande não. Sai fora! =P

Em tempo: Não, eu NÃO sou uma criatura sem noção e NÃO preciso saber que a mocinha novinha da depilaçao é 12 anos mais nova que eu pra eu realizar a minha idade. Sim, tenho espelho em casa. Mas convenhamos que os 30 são os novos 20 (ha!). Ou será que já me tornei uma tiazinha sem noção?!?! Ai que mêda...