No domingo saimos de casa pela manha caminhando e soh voltamos as 5 da tarde. E nem dah pra dizer que fomos longe, nem que andamos devagar :)
Fomos andar na praia, aqui em Brighton mesmo, soh que no meio do caminho havia um cachorro e o cachorro tinha um dono conversador, muito conversador. E o vini, logicamente, saiu correndo pra brincar com o cachorro, que amarrado ao peh de uma mesa de piquenique, ficou feliz da vida com a atencao recebida. Jah o dono do cachorro, um musico, baterista, ex-psiquiatra, holandes e judeu, casado com uma francesa, pai de 6 filhos, estava sentado no gramado com o laptop aberto esperando o socorro que chegaria para recarregar a bateria do seu carro que havia morrido assim, do nada.
Pessoa extremamente falastrona e interessante, que jah correu o mundo e estah enfrentando atualmente a famosa crise da meia idade e por isso, deu tchau (ou melhor, ateh breve) pra esposa (os filhos sao todos crescidos), pegou o carro (a unica coisa que sobrou apos o incendio que levou tudo o que tinham, inclusive todos os albuns da familia, ha cerca de um mes) e o cachorro de nome /kelev/ (que significa cachorro em hebreu :)) e saiu por aih, ou melhor, por aqui pela Australia, pelos desertos, passando um tempo em tribos aborigenes e ensinado as criancas o kite surf em terra firme. Diz ele, ter cansado de fazer o que os outros - sociedade (?) - querem que ele faca e resolveu fazer o que desse na telha. Ele, o jipe, o kelev, o laptop e o celular, afinal, ele ateh pode ser aventureiro e desprendido, mas bobo ele nao tem a menor pinta de ser :)
Nisso, passaram-se horas e a gente nem percebeu. O que eu sei eh que fomos sentar pra almocar, jah eram 4 da tarde.
No fim do dia, de volta em casa, fiquei pensando: em seis meses aqui, conhecemos (ou falamos com) muito mais pessoas interessantes do que em todos os 5 anos em Bloomington, e atribuo isso nao soh ao fato de estarmos num pais tao diversificado em populacao, mas principalmente ao advento Vini :), que eh um otimo puxa-papo. Sim, porque se dependesse de mim e do Mauricio a puxar papo com estranhos, ha! nao conheceriamos nem a vizinha de porta. Nao que sejamos anti-sociais, nao eh isso, mas tambem nao somos do tipo que faz amigos esperando o onibus - talvez porque as pessoas se intimidem pelo nosso semblante serio (ha quem diga metido). Mas a verdade eh que tem sido bem interessante essa nova fase de conhecer pessoas e estorias :)
Há um ano
2 comentários:
AHAHAHAHAH Sei EXATAMENTE o que é ter uma filho (a) super sociável, que puxa papo até com o bêbado da rua!!!
Vini esta conseguindo fazer uma revolução de comportamento pelo visto...ehehehehe
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