what the heck does it mean?

The jump of the kangaroo é minha versão aussie pro "the jump of the cat". Malandragem carioca com sotaque australiano. Um mix que surgiu num momento quando, ainda moradora da Terra do Tio Sam, explicava alguma coisa - nao lembro o que - pro meu marido e sem querer, o "kangaroo" entrou no lugar do "cat" - talvez por eu estar impregnada de Australia...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

beijing: terceiro dia - templo do céu

Nosso terceiro dia de turismo na terra do urso panda, foi dedicado ao Templo do Céu, um lugar enorme (pra variar) e lindíssimo. Infelizmente acabamos nos desencontrando dos nossos companheiros de viagem, o que tornou nossa experiência bem mais complicada, a começar pela dificuldade que é se locomover de metrô com o nada prático carrinho do baby Nick. Gente, o carrinho é ótimo, confortável, desliza super bem e tem uma basket enorme, super útil, mas definitivamente não é carrinho pra viajar (e eu já sabia disso, mas o marido não achou que valia a pena comprar outro menorzinho só pra viagem).

Por sorte, encontramos, numa das nossas conexões entre uma linha e outra (curiosidade: so far existem 10 linhas de metro em Beijing), uma alma caridosa que não só nos ajudou a carregar o carrinho escadaria abaixo, como esperou , a cada nova escada, pra continuar dando uma mãozinha. Uma verdadeira santa de olhinhos puxados. É impressionante o descaso com deficientes físicos (ou, na linguagem politicamente correta, portadores de necessidades especiais). Aliás, onde eles se escondem (ou onde são escondidos)?

Enfim, nas estações mais novas até tem escada rolante (normalmente só pra cima) e elevador, mas este está quase sempre desligado. Sem falar que o singelo carrinho do Nick não passa na "roleta" e o portãozinho de acesso está sempre com cadeado e como a gente não fala chinês, levava uma hora pra eles entenderem que precisava abrir o portãozinho (mesmo com toda a mímica), serviço que era prestado com aquele ar de reclamação.

Mais uma vez, comprovamos que ninguém fala inglês nessa terra (quem fala, certamente emigrou). Eita tortura, isso de não conseguir se comunicar. Pra eles, tanto faz se a gente fala em inglês ou português ou a lingua do "pê", é tudo a mesma coisa e o pior é que alguns insistem em falar em chinês ao invés de se utilizar da linguagem dos gestos. Ah, gente, tá certo que no Brasil ninguém fala inglês nas ruas, mas num hotel ou num ponto turístico, você sempre encontra que fale.

O dia foi chegando ao fim e com ele a minha paciência. Caracoles, não bastasse a família "big eyes" não poder parar pra descansar sem ser cercada pras fotos (sério, me senti um E.T.), éramos também abordados no meio da caminhada. Às vezes, eles nem tinham visto as crianças, mas quando olhavam pra mim e pro Mauri e viam os olhos arregalados, partiam direto pro carrinho pra checar o bebê e quando o Vivi chegava perto pra proteger o irmão do assédio (a coisa mais fofa do mundo!), também virava alvo. Pra vocês terem uma idéia, até o Vivi, que ama ser fotografado, já estava de saco cheio e fazia cara de grumpy inutilmente pra afastar os flashes . Foi aí que comecei a falar pro Vivi "meu filho, se você der um sorrisinho fofo, eles tiram a foto e vão embora, caso contrário, vão continuar tentando" (ô turminha persistente!). E a tática funcionou bem no começo...

O engraçado é que a imagem que eu tinha dos asiáticos era a de pessoas que não tocam, tampouco dão beijinho, mas com criança a estória é outra: eles pegam pelo braço, querem abraçar e beijar, uma coisa de louco!

Pra vocês terem uma idéia do tamanho do assédio, no fim do dia paramos no Mall perto do hotel (região nada turística) e, minha Nossa Senhora, nos 10 minutos que sentei no banquinho com as crianças, aguardando o marido voltar da loja de brinquedos*, foram pelo menos umas 20 pessoas que pararam pra fotos. Isso porque o Vivi estava dormindo no carrinho! Teve um momento que fomos cercados pela dúzia, começou com um casal, que encantado com o bebezuco, chamou outro e outro e quando me dei conta, estávamos rodeados.

Pela primeira vez, testei minha capacidade de barganha. A primeira deu certo e arrebatei uma chapéu de agricultor chinês pela bagatela de 6 dolares. Já na segunda, não teve jeito, e apesar da vendedora ter baixado consideravelmente o preço, eu queria mais desconto e acabei não comprando. Confesso que fiquei um pouco frustrada, mas fazer o que? Pelo menos me divertí no processo :) Não se pode ganhar todas, I guess... Mas é bem curioso o quanto eles (chineses) gostam de barganhar. Venda sem barganha não tem a menor graça, eles gostam mesmo é de sacar a calculadora e pedir pra você fazer sua "offer" :)

No fim do dia, completamente exaustos após muito bater perna, ainda tivemos que encarar um metro completamente entupido e, pior, carregando a espaçonave que é o carrinho do Nick! Visão do inferno, gente, por pouco não chorei, juro! Tentem imaginar: metro lotalo, a ponto de você sentir as respirações dos amigos em volta, pára na estação de transferência e ao invés de uma meia-dúzia saltar, entra mais duas dúzias. Não é exagero, juro! Infernal. Agora some a isso o fato de que um monte deles, com o celular em punho, tirava fotos das criamças. Cheguei a ver alguns, com a tranquilidade dos loucos, dando zoom e aguardando bebezuco olhar pra eles pra disparar o click. Surreal.

 Conclusão do dia: "Olho grande não entra na China" porque tem medo do assédio ;)

Agora, segue uma amostrinha do nosso dia ;)





*Em tempo:  Após termos entrado na tal loja de brinquedos no Mall pelo terceiro dia consecutivo, mesmo sem o Mauri falar um "xie xie" (obrigado), nem as vendedoras um thank you, na base dos gestos, papai Mauricio fez um cartão de fidelidade e já ganhou desconto! :) Ficou todo prosa, hahaha

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