what the heck does it mean?

The jump of the kangaroo é minha versão aussie pro "the jump of the cat". Malandragem carioca com sotaque australiano. Um mix que surgiu num momento quando, ainda moradora da Terra do Tio Sam, explicava alguma coisa - nao lembro o que - pro meu marido e sem querer, o "kangaroo" entrou no lugar do "cat" - talvez por eu estar impregnada de Australia...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

morar em casa

Era uma quinta-feira de manha e o pequeno Vinny estava mais atentado do que nunca. Uma praguinha! Eu, jah com um fiapo de paciencia, olho pro lado e o que ele estah fazendo? Enfiando papel no aquecimento (enquanto gritava, claro, isso eh basico, ele grita pra tudo!). Claro que eu, no susto, dei um grito...tah bom, nem foi um grito alto... quem me conhece sabe que nao sou dona de um tom de voz muito alto, entretanto, pros meus ouvidos, foi incomum. Dois segundos depois, ouco a campainha, que automaticamente me fez abrir a porta. Vejam se eh possivel uma coisa dessas? Abri a porta sem perguntar quem era, quando vi que eram pessoas desconhecidas, continuei abrindo, ateh que a sanidade baixou em mim e gelei. Putz, o Vinny me tira do serio de tal maneira, que fico atordoada, fazendo as coisas no automatico (essa nao sou eu!). Pois bem, abri a porta e dei de cara com duas mulherers com os olhos arregalados, nao sei se por causa da gritaria do Vinny, ou por terem ouvido o meu "VINNY, PARA COM ISSO!". Enfim, o caso eh que eram duas missionarias, levando a palavra do Senhor. Confesso que mal prestei atencao ao que elas diziam, nao conseguia parar de pensar "caramba, como eh que eu abri a porta assim, sem mais nem menos???" Claro que Melbourne estah longe de ser violenta, mas ainda assim... O que eu sei eh que elas falaram, falaram e deixaram um livreto para eu ler, refletir e numa outra oportunidade discutir com elas (sim, elas vao voltar!).
Isso volta e meia, acontecia em Bloomington, mas quem sempre atendia a porta era o Mauricio, que imediatamente, com aquela sinceridade nua e crua, dizia "desculpa, mas eu nao vou ler mesmo...". Jah eu, tentando manter a simpatia, acabei guardando a sinceridade no bolso e o livreto na estante.
Mas eh assim, morar em casa tem suas desvantagens, especialmente quando voce nao tem um olho magico que denuncie quem vem lah. Qualquer dia vou abrir a porta e dar de cara com um vendedor de aspirador de poh... e pior, vou acabar comprando!
Quando as missionarias voltarem, vou ter que incorporar o jeito Mauricio de ser, pedir mil desculpas e deixa-las ir. Afinal, quem eh que vai deixar estranhos entrar na sua casa, assim sem mais nem menos? Eu nao, jacareh! A intencao pode ser a melhor do mundo e a cidade, a mais tranquila, mas eu continuo sendo carioca da gema.

Em tempo: Don't get me wrong, nada contra missionarios, tenho muitos amigos que os sao, soh nao quero me sentir intimidada/pressionada a aderir a nenhum grupo, seja ele religioso ou nao ;)

Um comentário:

Marta disse...

Quando as Testemunhas de Jeova batem aqui em casa eu digo "no falo engrish" e elas vao embora. Sao senhorinhas q parecem ser boazinhas, mas nao tenho tempo e/ou saco...